Esquistossomose mansônica: uma questão de saúde e de educação
Palavras-chave:
Registro dos dados; Schistosoma; Vale do JiquiriçáResumo
Objetivou-se estudar a série histórica de esquistossomose mansônica em municípios baianos do Vale do Jiquiriçá no período de 2008 a 2015. Foram solicitados dados do Programa de Controle de Esquistossomose (PCE) às Secretarias de Saúde dos municípios de Cravolândia, Itaquara, Jaguaquara, Jiquiriçá, Laje, Mutuípe, Santa Inês e Ubaíra. Dos mesmos municípios buscaram-se registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) nos mesmos anos. Itaquara e Jiquiriçá não disponibilizaram os dados do PCE e não houve informação para Cravolândia e Jaguaquara no SINAN. Foram registrados um total de 2.902 casos no PCE e 869 pelo SINAN no período de 2008 a 2015. Ubaíra foi o município com maior número de casos absolutos no PCE e também SINAN. Os números apresentados são altos para uma enfermidade debilitante e comumente limitante. É importante que as pessoas tenham o conhecimento que o Vale do Jiquiriçá é uma das áreas mais endêmicas de esquistossomose mansônica do estado da Bahia, oferendo riscos aos residentes e inúmeros visitantes que são atraídos pelas belas cachoeiras e rios. Sugere-se intensificar as ações de saúde com os diversos seguimentos do serviço público, em especial a educação, visando melhor controle da esquistossomose mansônica e melhoria da qualidade de vida da população em risco.